Já notei que algo estava de errado, porque quando o cachorrão se vê em alguma enrascada, ou está doentinho, ou qualquer coisa assim, ele vem se encostar em mim.
__ Que foi, cachorrão??
Ele, ofegante (outro sinal de que algo não estava bem), me olhou com as orelhas abaixadas.
De repente eu comecei a sentir aquele cheirinho desagradável. Xi, cachorrão, o que aconteceu?
Então fomos ao quintal, e ele ficou andando em círculos, com a cabeça baixa.
__ Ah... não é nada, cachorrão.
Olhei para baixo do rabinho e lá estava alguma coisa que deveria ter caído, mas ficou pendurada.
__ Vamos lá na frente, cachorrão! Aí você faz força de novo que dá certo. É só fazer força, cachorrão!
E ele, entendendo tudo de maneira abnegada, foi até o jardim, encurvou-se como se faz o cachorro, ficou fazendo força. E eu lá do lado:
__ Isso, cachorrão! Vai dar certo.
E num instantinho, o cachorrão se viu livre da agonia.
__ Está vendo, cachorrão? Não era nada.
Ele me olhou com uma carinha de agradecimento, com a língua de fora, sorrindo, e correu livre, chacoalhando o rabinho.

Não basta ser tia (vamos adaptar um pouquinho, né?). Tem que participar.
2 comentários:
Ahahahahahahaha!!!!!
Só vc, Rosely!!!!!!!
Ahahahahahahaha!!!!!
hahahahahahaha adorei!! hahahahahahahahaha
Postar um comentário