sábado, setembro 30, 2006

A estrela d´alva no céu desponta

Riqueza é outro fator relativo do mundo.
Existe aquela riqueza que não existe. Aquela que não está no mundo real. Está no coração. Rico é aquele que tem amigos. Que tem a quem estimar e que o estime. Que tem sonhos.
Existe outra riqueza fora de proporções. A dos multimilionários. Riqueza que também não existe, porque são números que nunca se tornam realidade. São manipulação de idéias que constroem ou destroem coisas do mundo.
Por isso se vê que riqueza não é um conceito maléfico em si. Existem por exemplo multimilionários maléficos ao mundo. Acionistas que ficam satisfeitos com demissões em massa. Que investem em armamento. Que investem em força bélica. Que devastam florestas. Que até usam o progresso como desculpa de destruição do mundo, mas que no fim não passam de uns ratos imperialistas.
Desde os romanos e até bem antes deles persiste este tipo de delírio nos homens: o do imperialismo. O poder desmedido é uma alucinação.
Mas isso já é uma outra história.
Riqueza, veja só, é apenas uma combinação de estar satisfeito com o que se tem com o ambiente em que se vive.
Eu tenho 34 anos. Em comparação a uma outra mulher de minha idade com maior poder aquisitivo em moeda mais forte, eu sou pobre. Se vem uma mulher da Europa para cá com 100 mil euros no bolso, ela chega com 300 mil reais. Pode comprar uma casinha, montar um negócio. Tem muitas possibilidades. Lá no seu país ela não tem tantas perspectivas assim, tem até muito menos que muita gente.
Mas se eu me comparar com uma mulher da África, eu em relação a ela sou rica: ela com 35 anos já tem ao menos 7 filhos e tem como expectativa de vida mais uns 10 anos somente. Eu com 35 tô começando.
Para ficar feliz ou triste com relação ao que a gente tem, dá para arranjar jeito de ser um afortunado ou um desgraçado. É só observar o que existe pelos 4 cantos do mundo e escolher.
A gente é o que a gente come, não tenha dúvidas. E "não só de pão o homem viverá".

Comida
Titãs

Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte (hum)
A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer (comer é bom)
Bebida é águaComida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida
A gente comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer
A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade
Desejo,Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Pinga nimim

O NORTON É O PRÓPRIO VÍRUS!!!!!

Eu já tinha tido problemas com o Norton Antivírus no passado, como por exemplo ele travava o meu micro, dava erro, fechava janelas que eu tinha aberto, impedia o acesso a algumas páginas na internet... um problemão.
Nesta semana eu estava tentando acessar internet e não conseguia. Simplesmente não funcionava.
Até que descobri que era o Norton que tinha ressurgido e impedido uma "invasão" da minha própria tentativa de acesso.

terça-feira, setembro 26, 2006

Vou ficar com certeza maluco beleza!

As grandes decisões que a gente tem que tomar na vida por vezes são decisões simples.
Dizer não.
Priorizar a si mesmo. Priorizar a família (cuidar da família, mas também cuidar de si).
Fazer isso e não aquilo.
Parar de se preocupar tanto.
Fazer ginástica.
Treinar.
Respirar.
Sorrir.
Sorrir muito durante o dia, decidir não se deixar levar pelo que pensa o mundo ou como pensa o mundo.
Dizer o que é certo ou calar o que é certo.
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Acho que a gente tem que fazer um exercício constante de mudar. Não deixar no piloto automático a maneira de decidir a vida. Optar por uma atitude nova é uma maneira de a gente ir se desfazendo do que nos pesa no peito.
Ser responsável tem várias maneiras de o ser. Ser atuante tem várias maneiras de o ser. Não existe uma via única nesta estrada. A gente pode reagir com um grito, com um suspiro.
Força e coragem. Tem uma pessoa que me falou isso há uns dois meses: que a gente precisa força e coragem para tomar novas atitudes.
Vou me decidir a isto, hoje.
Por hoje, não vou ficar pensando nas coisas que não deu tempo de fazer.
Vou agradecer a mim mesma o dia que se apresentou para mim, vou agradecer a mim mesma tudo o que eu fiz.
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Muito auto-ajuda?? Sei lá... tô tentando ser uma pessoa diferente. Fico pensando que o que vale na minha cultura não é regra para outras culturas. Não é regra para a cultura da casa ao lado. No meu país, quero que se vivam mais as coisas boas, que se valorize o lado bom da minha cultura e que o lado ruim se modifique. Quero a casa mais colorida, com as minhas cores. Com as nuances que eu gosto. Trabalho constante: ter identidade é ser um ser em transformação. Ser é processual. Não há ponto final. Se eu fico todo dia fazendo a mesma coisa da mesma maneira, então não estou sendo nada.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ask me, ask me, ask me

Ontem eu falei de um marco musical nacional para mim, na época de escola. Hoje falo dos The Smiths, cujo disco vinil eu tocava o dia todo. The World Won't Listen foi um disco que ganhei de amigo secreto, da Amanda, e logo virou o meu favorito. Eu o tenho até hoje, falando nisso.
Sempre achei o som deste grupo muito original. O problema de ser tão original e tão caracterizado é que se não se estiver prestando muito atenção, podemos confundir uma música com outra, de tão parecidas, hihihihihi.
Olha só o que encontrei na Wikipédia, achei interessante:
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"The Smiths é o nome de uma banda inglesa, surgida na cidade de Manchester e bastante popular na década de 1980. (...) O nome é uma curiosidade: Smith é o sobrenome mais popular na Inglaterra (equivale ao Silva, em português). O objetivo era mostrar que a banda era formada de pessoas comuns."

domingo, setembro 24, 2006

Ideologia... eu quero uma pra viver...

Nesta semana recebi um convite para um encontro de ex-alunos do colegial. Inevitável foi ficar pensando na trilha sonora desta fase da minha vida. Inevitável foi lembrar o quanto eu gostava e o quanto gosto ainda de Cazuza.
Acompanhei todas as facetas deste cantor: quando lançou o clipe de Bete Balanço, quando foi seguir carreira solo, quando assumiu ter Aids, quando esteve em um show todo vestido de branco, magrinho e de lenço na cabeça. Eu tinha uma fita cassete azul, não sei nem onde foi parar (risos).
Um dia ainda vou pegar as letras de suas músicas e escrever um texto sobre sua poética. Admiro muito suas palavras.
O site www.cazuza.com.br não só oferece muitas informações sobre sua vida e sua obra, como também detalha o projeto VivaCazuza, que sem dúvida merece admiração de qualquer pessoa.
É bom saber que tudo o que ele passou não foi em vão. Suas músicas perduram, sua vida também.
Para quem não assistiu o filme, até recomendo. Duas horas é pouco para tanto a ser falado, mas algumas cenas são muito boas. Bom, sou suspeita para falar, adorei a trilha sonora...

quinta-feira, setembro 21, 2006

Tudo muda o tempo todo no mundo...

Se tem algo que eu tenho certeza nesta vida é de que o mundo dá muitas voltas.
A gente só se surpreende o tempo todo como as situações mudam, os papéis se invertem, as pessoas mudam de opinião.
Ainda bem.
Porque senão as pessoas que estão por aí querendo dar uma de boazudas nunca seriam desmascaradas. Porque senão quem foi injustiçado nunca poderia um dia lavar a má fama. Porque senão a gente nem precisaria ter esperança de nada. Mas o tempo é o melhor juiz. É o melhor remédio. É o melhor reconciliador.
Enquanto a gente vai fazendo a nossa parte, o mundo vai dando voltas. O importante é não ficar parado. Tem que deixar para lá as coisas que nos perturbam e seguir adiante, procurando sempre fazer o melhor que pudermos. O que não depende da gente tem um desenvolvimento por si só. Não podemos controlar tudo. Mas não poder controlar tudo não significa que tudo está fora de controle.
Nem toda força feroz da natureza é para o mal. Os trovões fertilizam a terra.
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Mas não é impressionante como tem gente cara de pau que não tem nem vergonha das próprias trapaças??
Eu fico impressionada.
Por isso a gente não pode ficar desatento. Sem ser neurótico, temos que ter uma auto-preservação, porque nunca se sabe o que pode surgir na nossa vida. Temos que tomar atitudes de proteção. Despertar espírito crítico para não nos deixarmos levar por conversa mole. O que o estelionatário faz antes de dar o golpe é ganhar a confiança, virar o melhor amigo. Vestir a pele de cordeiro e se mostrar o ser mais dócil e mais digno.
Questionar não faz mal, não. Formalizar também não.
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Ainda bem mesmo que o mundo dá voltas.
O mundo escapa ao nosso ritmo ocidental, que quer resolver tudo na hora, que diz que tempo é dinheiro. Tempo é tempo e tem seu próprio ritmo. Não se mede nem tem preço, não. O que tem preço é o tempo da indústria, que coloca ponto na porta de entrada para a gente bater. A vida não funciona em horário comercial. E nem sangue é tempo. Não podemos também nos deixar levar por este papo furado do mundo empresarial que diz que o comprometimento com o trabalho deve ser até à alma. Realização profissional é importante, mas não é tudo. Treinamento em motivação é muitas vezes lavagem cerebral para facilitar a exploração. No fim das contas as rugas ficam marcadas no nosso rosto, em ninguém mais.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Caranguejo não é peixe...

São Vicente é uma cidade muito boa de se passear. Outro dia percorri a praia, no final da tarde, passei por trás dos prédios e beirando o mar, verifiquei que está tudo muito bem cuidado. Nada como ir dormir ouvindo as ondas do mar.
Acho que esta experiência de estar morando meio cá meio lá está me conscientizando da necessidade que temos de nos desintoxicar da vida do dia a dia.
Seja através de um exercício, um passeio diferente, um momento de meditação, uma conversa descontraída com um familiar, tudo vale para a gente "desinchar" o cérebro de tanta informação que absorvemos durante o dia.
Não basta observarmos a nossa alimentação, é preciso cuidar da mente.

Mens sana in corpore sano

segunda-feira, setembro 11, 2006

Outro dia eu estava ouvindo umas músicas infantis, repeti alguns versos para a minha mãe:

"Qual o doce mais doce que o doce de batata doce??"

Qual a minha surpresa quando ela respondeu:

"Não sei..."

quarta-feira, setembro 06, 2006

Ice, ice, baby.

Viver no frio. Para mim é um grande desafio, mesmo que somente por algumas semanas.
Ontem foi um dia muito triste. Quando o ponteiro da temperatura vai abaixo de 16 graus, já não estou contente. Quando beira o zero grau então, cruz credo.
Então muita coisa fica suspensa. Não saio, não faço muito, não penso muito, não me sinto estimulada para nada. Apenas espero o tempo passar e o frio passar e chegar a primavera. Sinto já os primeiros raios de sol que estão ansiosos para me cumprimentar de uma manhã que vai chegar.
Sob uma camada grossa de gelo, vejo o mundo e não me admira a distorção.
Tudo está parado, congelado.
Nada de grandes decisões, nada de cair de cabeça.
Vou esperar o mundo girar e trazer de volta para meu colo o sol.