segunda-feira, dezembro 03, 2007

Qualquer coisa que se sinta

Hoje estou testando um aplicativo de comando de voz. O programa faz uma leitura da minha voz no microfone e edita automaticamente o texto no word.
Ainda preciso me acostumar a ditar um texto que deveria ser escrito e não falado como agora. Eu me confundo um pouco na elaboração da frase. Mas é um recurso que irá me ajudar bastante quando eu me acostumar..
O nome do programa é ViaVoice. Ele capta alguns erros, mas a maior parte do ditado transforma-se automaticamente em palavras escritas. Inclusive, posso ditar pontuações. Sei que o trabalho de transcrição é um pouco complicado, a língua falada é muito diferente da língua escrita. As correções nas transcrições são muitas. Ao menos vendo o texto sendo produzido na hora, a gente consegue corrigi-lo com mais facilidade..
é muito bom ter uma perspectiva de expressão. Tem me feito muita falta escrever. É como se minha alma estivesse muda. E agora faço um tipo de fisioterapia, para reaprender a me expressar. espero em breve poder retomar o trabalho da minha dissertação. Ultimamente, tudo o que tenho feito é me informar sobre a bursite, inflamação que tenho no meu ombro direito e corrido atrás de tratamento.
Aguardem, meus queridos leitores... Em breve estarei de volta!!!

quarta-feira, novembro 14, 2007

Panela velha é que faz comida boa

É isso mesmo, meus queridos leitores... continuo dodói. Mas logo, logo, estarei boa! Estou fazendo tratamento homeopático...
Tenho um monte de coisas a contar, ansiosa a escrever, mas preciso me poupar...

Olha, a gente não sabe o que é terceiro mundo até precisar de um hospital público.
Cada coisa que a gente vê nos corredores que dá até arrepio.

Estou "em acompanhamento" no hospital universitário. Acompanhamento só virtual, porque o hospital não tem a mínima condição de atender algo mais grave que uma distenção muscular.
Para vocês terem idéia, o hospital não tem nem aparelho de ressonância magnética.
O médico me encaminhou para fisioterapia, mas não há vagas. Ou seja, não há nada que se possa fazer. Só esperar o problema "passar sozinho".
Ô, paciência para ficar em fila de espera, correndo para cá e para lá para tentar conseguir ficar em alguma fila de espera no sistema público...
Gente, a pior coisa do mundo é ficar sem convênio médico neste país!!

domingo, outubro 07, 2007

Tocar na banda, para ganhar o quê?


Ahhhhhhhhhhhhhhhh...

Ainda estou dodói do braço...

Não posso escrever muito, relatar o meu cotidiano, relaxar a escrita!

O pior: estou muito leeeeeeeerda na minha dissertação!!!!!

domingo, setembro 30, 2007

Andar com a fé eu vou, que a fé não costuma falhar

Ainda bem! Hoje acordei bem melhor do braço! Puxa, como está demorando esta mialgia a passar... mas tudo bem, ainda estou no prazo (risos).

Hoje refleti muito a respeito desta prece de São Francisco. Para mim, é a prece mais linda que conheço (se bem que não há tantas preces boas por aí...).
Acho que ela resume o que se trata de "o amor incondicional".

Oração de São Francisco

Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz
Onde houver ódio que eu leve o amor
Onde houver ofensa que eu leve o perdão
Onde houver discórdia que eu leve a união
Onde houver dúvida que eu leve a
Onde houver erro que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver tristeza que eu leve a alegria
Onde houver trevas que eu leve a luz
Oh! Mestre, fazei com que eu procure mais consolar do que ser consolado, compreender do que ser compreendido, amar do que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se nasce para a vida eterna.
Amém.

domingo, setembro 23, 2007

Ocupado pela décima vez


Hoje vou dar uma dica para quem tem celular e para quem não tem. É possível enviar torpedos de graça através do site da Vivo. O melhor é que qualquer um pode utilizar este serviço! Obviamente, os torpedos só podem ser enviados para celulares Vivo, não sei se as outras operadoras oferecem - quem conferir, me avise!

Basta entrar no site http://www.vivo.com.br/portal/home.php, clicar em "vivo torpedo web gratuito".


Ah, mas não vou perder a oportunidade de reclamar desta operadora! Lógico que a gente tem uma lista infinda de reclamações, mas vocês acreditam que esta empresa teve a pachorra de deixar um trio elétrico com a música no último volume para lá de onze horas da noite no meio da semana? Todo mundo em minha casa acordou! O pior é que nem dava para telefonar para a polícia para reclamar porque os safados ficaram apenas uns 15 minutos, ou seja, o suficiente para incomodar a rua toda e depois sair fora!


E agora uma pequena homenagem a uma sensacional música da Nara Leão:


TELEFONE - Nara Leão


Tuen Tuen

Ocupado pela décima vez

Tuen

Telefono e não consigo falar

Tuen Tuen

To ouvindo há muito mais de um mês

Tuen

Já começa quando eu penso em discar

Eu já estou desconfiada

Que ele deu meu telefone pra mim

Tuen Tuen

E dizer que a vida inteira esperei

Tuen

Que dei duro e me matei pra encontrar

Tuen Tuen

Toda lista que eu quase decorei

Tuen

Dia e noite não parei de discar

E só vendo com que jeito Pedia pra eu ligar

Tuen Tuen, não entendo mais nada

Pra que que eu fui topar

Trin Trin, não me diga que agora atendeu

Será que eu, eu consegui

Agora encontrar

O moço atendeu, "alô?"

quinta-feira, setembro 20, 2007

Meu companheirinho, ursinho Pimpão

Esta semana tenho estado de molho. Literalmente: tenho feito compressas de água quente no meu braço, que dói do pulso ao ombro.
No primeiro dia de dor, não conseguia sequer mover o braço. Encontrei dificuldades nas tarefas mais simples: ops, prender o cabelo, escrever (era tudo o que eu precisava: ficar sem poder trabalhar!), abrir a tampa do vidro, vestir uma blusa, colocar pasta de dente na escova.
Faz a gente pensar nos pequenos e grandes privilégios que temos à nossa disposição todos os dias, rotineiramente, e que nem percebemos como são importantes.
Às vezes eu fico tão frustrada por terminar o dia sem ter conseguido completar os tópicos da agenda, sem ter conseguido finalizar um texto, sem ter conseguido, enfim, ter dado conta do que eu me comprometera a fazer.
Mas às vezes a nossa exigência está acima do limite humano do que nos é permitido realizar. Completar um dia, nos dias de hoje, é uma vitória. Milhares de coisas para fazer, milhares de pequenas realizações. São grandes conquistas.
Ah, estou cada vez aprendendo a ser mais amável comigo mesma, porque se eu não for, não vou conseguir ser feliz com toda a possibilidade de ser.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Entrei de gaiato no navio


A gente sempre costumava colocar gasolina no posto do supermercado Extra. Só que o carro um dia não funcionou, tivemos que chamar o guincho.

A concessionária avisou que foi gasolina ruim (dissolvida em solvente) que danificou os pistões. Eles estão a semana inteira de molho para voltar ao normal.

Aí a gente percebeu que um carro de um amigo nosso, que só coloca gasolina no mesmo local, está tão ruim que deve estar indo para o mesmo caminho. Tentamos avisar, mas nosso amigo não acreditou e acha que o carro dele está bom... Fazer o que...


*


Ainda em tempo: vocês já viram um aviso no orelhão escrito assim: "Higienizado em XX/XX/XX"?

Outro dia a gente viu um motoboy da Telefonica passando um paninho muito suspeito (encardido, né) nos fones do orelhão. Que "higienização", hein?

terça-feira, setembro 11, 2007

Para variar, estamos em guerra

Não costumo assistir ao Fantástico no domingo, mas por sorte vi o programa que a Regina Casé empreitou, de fazer um apanhado de imagens e reportagens de favelas do mundo todo. Ainda bem, porque achei maravilhoso.
Neste domingo, ela informou que já há no mundo cerca de 1 bilhão de pessoas morando em favelas, e que em 2030 cerca de 1/3 da população do planeta estará morando em favelas.
Então, o seguinte slogan infelizmente é um fato:

"FAVELA: A HABITAÇÃO DO FUTURO"

Abaixo umas fotos de favela do Japão (puxa, sensacional). Retirei do blog: http://enresinados.weblog.com.pt/arquivo/2007/03/


segunda-feira, setembro 10, 2007

O canto dessa cidade sou eu


Sei que meu blog não tem um público imenso, mas mesmo assim vou dar hoje uma dica para quem mora em São Paulo.

Trata-se da peça de teatro "Beckett in White". Fui assistir ontem, gostei e recomendo: não vou contar quase nada para não estragar a surpresa, mas digo que é uma interessante e interativa montagem cômica, abordando com leveza questões intensas do homem e suas problemáticas.

Os atores garantem boas risadas sem deixar de explorar as possibilidades cênicas com muita criatividade e profissionalismo (às vezes me dá a impressão que o risco da comédia no teatro é justamente esta: curvar-se à pieguice, montar o engraçado sem conteúdo - esta peça conseguiu escapar do vazio).

Há também bons momentos de poesia e reflexão.


Ah, eu acho que vale muito a pena conferir!

Para quem quiser conferir um pouco sobre Beckett, http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett.


DATAS do Beckett in White: Setembro e outubro (ainda não há data marcada para o final da temporada): todo sábado e domingo. Sábados às 21h e domingos às 19h.

DATAS do M.A.D.A.: Setembro e outubro (ainda não há data marcada para o final da temporada): todo sábado e domingo. Sábados às 22h30 e domingos às 20h30.

Spaço dos Insights - Rua Pintassilgo, 405, Moema.

Olha, não é difícil chegar ao teatro, pelo menos de carro! Apesar de ficar perto da Av. Bandeirantes, acho que o melhor caminho a fazer é pegar a República do Líbano, e assim que chegar à Indianópolis conferir alguma rua à esquerda que dê acesso à Pintassilgo.

Ainda não assisti a peça M.A.D.A., vamos combinar de irmos juntos?

quinta-feira, setembro 06, 2007

Só não vai quem já morreu

Hoje fiz uma apresentação em um congresso.

Como começou às 8h da manhã, nem convidei ninguém... achei sacanagem convidar alguém para sair tão cedo da cama e ainda ter que enfrentar trânsito para ir à usp.

Mas mesmo assim foi muito bom: teve até ouvinte para participar. Outras três garotas se apresentaram: duas garotas da Bahia e uma do Maranhão.

Desta vez, pelo menos, eu estava mais preparada! Nos outros congressos em que participei, não por minha vontade não foram muito bons porque sempre acontecia alguma coisa e eu não podia me dedicar a escrever e revisar o meu texto do jeito que gosto.

É bom encontrar alguma oportunidade de satisfação, porque o mestrado já é um trabalho tão duro, tão intenso, que às vezes a gente esquece de se divertir com o que está fazendo.

O mestrado é uma experiência extraordinária. Não é à toa que tanta gente luta para conseguir e tem tanta gente fazendo...

E nem sempre é tão difícil, acho que alguns fatores que não o conhecimento acabam influenciando, algumas coisas ajudam, como: ter uma boa estrutura emocional, estabilidade financeira e tempo disponível. Sem isso, é bem mais complicado. Mas como sempre dizem... no fim dá tudo certo, e embora eu não tenha as condições mais favoráveis do mundo espero conseguir concluir este trabalho o mais breve possível.

Já estou sentindo um pouco do que ouvi de outras pessoas: chega uma hora em que dá um pouco de saco cheio por ter que ver todo dia a mesma coisa. Quebrar a rotina com uma apresentação vale a pena.

Ah... daqui a pouco vou acabar publicando este texto e depois envio convite ao pessoal para conferir!

quarta-feira, setembro 05, 2007

Vem meu amor, me tirar da solidão

Hoje só vou postar algumas fotos que achei na net e que são lindíssimas! Afinal, a gente tem que admirar o que é bom...


Foto: Thorsten Oesterlein


foto: edward weston


Foto de George Portz


segunda-feira, setembro 03, 2007

Que iluminava a escuridão


Grito Negro

José Craveirinha


Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.

Outros poemas do escritor moçambicano ou de outros autores africanos: http://br.geocities.com/poesiaeterna/mocambique.htm

Vale a pena conferir!!

sábado, setembro 01, 2007

Faça o que tu queres, pois é tudo da lei


"No man can emancipate himself, except by emancipating with him all the men around him. My liberty is the liberty of everyone, for I am not truly free, free not only in thought but in deed, except when my liberty and my rights find their confirmation, their sanction, in the liberty and the rights of all men, my equals".
BAKUNIN

Tradução: Nenhum homem pode libertar-se, se não libertar com ele todos os homens ao seu redor. Minha liberdade é a liberdade de todos, e não sou verdadeiramente livre - livre não somente no pensamento, mas na ação - exceto quando minha liberdade e minha certeza encontram confirmação na liberdade e nos direitos de todos os homens, meus semelhantes (Desculpe-me alguma falha, mas também não sou expert em inglês!).

quinta-feira, agosto 30, 2007

Deixa chover, deixa a chuva molhar


Hoje choveu.

Não muito, mas choveu.

Céu cinza.

Dia dentro de casa.

Dia meio entardecer o dia todo.

Chuva na serra.

Chuva que entra em meu coração.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Nós somos os cantores do rádio


Hoje vou passar rapidinho para dar uma dica: uma revista bem legal que encontrei na internet.


Para quem procura uma alternativa àquilo que eu falei no último post (risos), esta parece ser uma boa pedida... mas não se deixem enganar: sempre questionando!




sábado, agosto 25, 2007

Eu sou a mosca que pousou em sua sopa


Eu já tinha dado risada do Estadão e sua campanha contra os blogs. A mídia deve se morder de raiva dos blogs. Principalmente porque há por aí muitos blogs bons pra caramba. Não digo do meu, não, porque este espaço é para mim mais um desabafo, uma distração, uma permissão de escrever sem preocupação. Mas há outros muito competentes e que não estão na via de pensamento da mídia.

Primeiro eu já tinha gostado e muito do pé no saco de muito jornalista. Às vezes a gente vê uns textos tão chatos e mal escritos que não acredita no que lê. Até o aparecimento dos blogs, os jornalistas podiam se vangloriar de serem as principais fontes de informação e formação de opinião.

E tem tanto jornalista safado neste planeta que não dá para botar uma fé: eu trabalhei muito tempo em jornal e revista sem poder oficialmente assinar meus textos porque fiz outra faculdade que não a de jornalismo. Em compensação, algum fdp ganhava mais do que eu por ceder o número de registro oficial. Nada menos que um oportunista que tirava uma grana sem nem tomar conhecimento do material que assinava.

E tem um monte de gente no mercado dependente destas regras.

Mas fazer o que...

Agora com a propagação dos blogs, há um contingente enorme de textos, até de bons jornalistas que não podem se expressar como bem entendem nos meios oficiais, que está alterando o pensamento das pessoas por aí.

Não é novidade que a mídia é tendenciosa. Não é novidade que é ideológica. Nem sou eu que afirmo, ou pelo menos não eu sozinha.

O blog dá oportunidade a novos meios de expressão que nunca chegariam no Estadão ou na Folha, por exemplo. Não estariam disponíveis a grande público.

Isso sim é que é liberdade de imprensa!!! hahahahahaha

Os blogs vieram para ficar. E vão abalar as bases do pensamento contemporâneo.

Ainda bem.

Se Raul Seixas estivesse vivo, iria dar risada também.


Observem as palavras perfeitas deste blog: Estadão contra os blogs! O que eles tem na cabeça?

domingo, agosto 19, 2007

Sem lenço, sem documento


Quando a gente fica de luto, pensa mais sobre a morte.

Assim estou esta semana.

Morte para mim é partir para uma viagem deixando para trás todas as nossas coisas. Viajar sem mochila, na companhia de ninguém. Só levando o que se tem no coração e na mente.

Uma viagem sem volta, interrompendo tudo o que se estava fazendo.

Uma vez fiz uma viagem muito longa. Quando cheguei em casa, percebi que tinha me esquecido de muitas coisas minhas. Quando cheguei, descobri uma vida de presente para mim: a que tinha deixado e que poderia recuperar. E como estava liberta de tudo, tive a liberdade de não repossuir as que não me deram o alívio da ausência.

Percebi que não era tão difícil abandonar tudo.

Mais triste é para quem fica, porque a presença de nossa passagem pelos lugares e pelas coisas está impregnada. A nossa presença-ausência incita a saudade.

Saudade de quem vai. Esperando a nossa vez. Torcendo para que não fiquemos sós enquanto não vamos. Torcendo para nossa vida ainda faça muito sentido.

Apegos construtivos e destrutivos. Enquanto não chegou ainda a nossa hora, aprendamos com a morte a desfazer do que não precisamos, a desfazer do que nos prejudica. Apeguemos ao que nos fortalece, ao que nos dá alegria.

A quem foi: boa viagem! Torço pela sua sorte e pela sua felicidade.

Que encontre paz no meio do caminho.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Você é feito de aço


Ontem eu vi uma frase muito boa em um adesivo colado em um fusca:


"VOCÊ PODE ATÉ TER O CARRO DO ANO,
MAS EU TENHO O CARRO DO SÉCULO!"


Eu adoro fuscas! É um carro muito simpático!

quarta-feira, agosto 15, 2007

Ei de cantar aquela canção

Hoje, surpreendentemente, acordei de bom humor. Deve ser porque definitivamente a temperatura do ar mudou.

Outro dia eu já tinha suspeitado: "Acho que mudou a posição do planeta".

Antes de ontem, observando o risco do sol na parede, constatei que isso é verdade. Acho que daqui para frente não haverá mais aquele ar gelado que tira meu fôlego e minha vida.

Tem muita gente que gosta do inverno, né?

Acho que devo ter puxado algum gene índio-tropical.

A minha tataravó era índia, mas infelizmente não há registro de qual etnia ela pertenceu. Mas ela e o meu tataravô (italiano) moraram no Rio de Janeiro, é bem provável que ela fosse mesmo de alguma tribo que estivesse para dentro da linha do trópico.
A família do outro lado veio da Alemanha. Acho que não herdei genes resistentes ao frio deste pessoal. Só o gosto por strudel.

O resto dos antepassados acho que eram mesmo portugueses.

Existe um exame de DNA que mapeia as nossas origens geográficas. Deve ser tão interessante! Já pensou que legal carregar o código genético de algum bárbaro, de algum mouro, de algum mongol, de algum egípcio? De algum asteca?

Emocionante pensar que temos traços da humanidade.

Humanidade: o homem precisaria aprender mais sobre si mesmo para entender que não é um ser sozinho, autônomo, individual, isolado.

O homem existe para ajudar o outro homem. Se pode ajudar materialmente, ajuda. Se pode ajudar com uma palavra amiga, de coragem, de apoio, ajuda. Se pode ajudar na companhia, se pode ajudar com uma mãozinha em algum serviço, se pode ajudar dando idéias, ajuda.

A solidariedade deveria ser a língua universal, que nenhum homem terminasse o dia desinteressado do mundo.

Que nenhum homem terminasse o dia desinteressado sobre si mesmo.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Hoje o samba saiu atrás de você

Hoje eu estive no blog da minha amiga Camila, e suas palavras me deram uma vontade danada de falar sobre transformação.
Porque o mundo de hoje é tão rápido no que diz respeito às mudanças que a gente se sente aflito por não poder acompanhar a velocidade de tudo o que nos interessa e que está mudando o tempo todo, ficando obsoleto o tempo todo.

Às vezes a gente junta um monte de coisas que quer analisar com mais cuidado, quer sentir com mais atenção, quer se apropriar com mais consciência.

Eu, por exemplo, guardo muita coisa. Mas isso é muito natural de quem quer sempre ler o mundo, saber o mundo, ter o mundo presente na alma.

Sentir que a gente não controla a velocidade do mundo rodando pode ser muito angustiante.

A gente fica meio frustrado por não conseguir dar conta de muita coisa, mas isso porque a vida das pessoas cheias de energia são assim movimentadas à beça.

Tudo em volta fica assim movimento, tudo em processo ao mesmo tempo, tudo aqui e agora já.
Ah, muitas coisas não vão terminar nunca porque estão sempre se transformando.

Mas eu acho que a gente pode ter uma imensa oportunidade de enxergar tudo o que está à nossa frente de uma maneira diferente todos os dias: todo dia beijando uma pessoa diferente; e quando a gente acorda e beija a mesma pessoa todo dia para sempre, sabe que esta pessoa está sendo uma nova pessoa todos os dias.

A gente está sempre se transformando!!!
Tudo sempre está em nós.
Agora, já, aqui neste momento o tempo todo.


Então, não é necessário correr atrás de tudo o tempo todo se tudo está aqui mesmo conosco.

Vamos tomar uma limonada e relaxar!!

quarta-feira, agosto 08, 2007

Calma alma minha, calminha

Vou correr o risco de passar por fanática por televisão (risos).
Porque outro dia já postei sobre um programa de tv neste blog e hoje vou falar nisso de novo.

Desta vez, do programa do Jô Soares, a que estive assistindo ontem, ou pelo menos tentei assistir.

Primeiro já não gostei da introdução, em que uma repórter visitou uma cidade bem pequena e ficou tirando um barato da cara das pessoas pelo jeito de falar e de ser da comunidade. Para mim, isto é péssimo! Já não basta a gente saber que há por aí neste Brasil cidades muito pobres e sem recursos, com um povo batalhador que faz tudo para sobreviver e tentar ter um pouco de dignidade apesar das carências, ainda vai uma universitária metida a besta dizer que as pessoas são ignorantes porque têm um modo próprio de falar diferente das cidades grandes. Pior é saber que muita gente dá risada! Sinceramente, não tem coisa mais criativa para ficar mostrando na televisão? Eu acho que tem, viu.

Como se isso não bastasse, vai a queridinha Daniele Cicareli ser entrevistada e anuncia que ganhou R$ 2.000 numa aposta besta. Gente, tem trabalhador que não ganha isso em quatro meses seguidos de salário. Sei que o dinheiro é dela e ninguém tem nada com o que ela faz ou deixa de fazer. Mas, sinceramente, não tem coisa mais interessante para ficar falando na televisão? Eu acho que tem, viu.

Ah, mudei de canal, procurando alguma coisa mais legal para distrair.


Não dá para entender por que a qualidade da televisão brasileira é tão ruim. Não vou dizer que não tem programas populares que levam o povo em consideração, que conseguem ibope sem baixaria, que promovem um entretenimento na boa sem partir para o sensacionalismo. Porque tem. Tem programa popular que até faz trabalhos muitos legais de informação.

Por outro lado, como pode haver tanto lixo com tanta gente competente neste mundo, capaz de criar coisas muito boas?

terça-feira, agosto 07, 2007

Sou feliz, por isso estou aqui

Tão gostoso ver uma bexiga voando na rua...

Um sinal colorido no meio do cinza das calçadas.

Pena que o carro pegou, a bexiga estourou e as pessoas se assustaram com o estrondo.

Mesmo assim, tão gostoso imaginar um monte de bexigas voando na cidade.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Quero ver o seu corpo dançar sem parar



Este fim de semana eu vi um programa muito engraçado.


Era um tipo de reality show, em que uma meia dúzia de profissionais variados, assumidamente homossexuais, atendem a uma pessoa ou a uma família, realizando algum desejo.
O episódio a que eu assisti era assim: um cara morava com seu filho casado e recebia constantemente a visita do pai. Estas três gerações de homens não sabiam fazer nada em casa e dependiam das mulheres da família para as ações mais simples: não cozinhavam, não sabiam arrumar a cama, mal conseguiam se arrumar (aliás, nem nó na gravata o cara não sabia fazer).
O desejo deles era realizar uma festa em agradecimento a estas mulheres que sempre salvaram a vida deles e aprender algumas coisas para não ficarem assim tão dependentes.
O mais engraçado é que o avô era muuuuuito figura.
Assim que a equipe do programa chegou, ele ficou entusiasmadíssimo, abraçou todo mundo, e ia mostrando a casa toda e contando tudo o que acontecia ali. Descongelou uma comida do freezer e serviu.
Eles perguntavam se ele sabia dançar, ele saía dançando. Perguntavam o que ele sabia fazer, ele saía fazendo. Muito alto astral.
A equipe pegou estes três (neto, filho, avô), levou-os para comprar roupas novas, ao cabeleireiro. Quando eles chegaram na loja de móveis, havia uma mulher esperando-os para ensinar a fazer a cama, a dar nó na gravata... cozinhar...


O avô ficava satisfeito com tudo.


Assim que todos estavam transformados, com a casa nova, toda decorada, o avô estava tão feliz, mas tão feliz, que só faltou beijar cada um dos integrantes da equipe na boca.
Na festa em homenagem às mulheres, ele fez um discurso emocionante: primeiro disse à avó que a amava, e contou que todos os seus parentes a amavam também, toda a família estava muito grata por tudo o que ela tinha feito por todos. Em seguida, agradeceu à equipe por tudo o que eles tinham feito de bom, disse que eles estavam em seu coração para o resto da vida.
Mas o momento mais surpreendente foi logo após eles receberem a "nova" casa: todos estavam sentados no sofá. O avô disse a todo mundo: por favor, juntem as suas mãos assim e fechem os olhos. Parecia que ele iria fazer uma oração (risos). Então ele disse: "Nunca se esqueçam: a mente controla o corpo!"

Esse senhor é genial!

Eu quero muito aprender a cultivar a alegria e poder chegar assim na "melhor idade": feliz, bem-humorada, com pensamento positivo, descolada, espontânea, aberta a novas experiências, com amor a todos e a tudo.

sexta-feira, agosto 03, 2007

A lua, quando ela roda, é nova, crescente ou meia lua, é cheia

Hoje é aniversário de Simone!

Há alguns posts atrás, eu contei alguns causos de faculdade em que ela estava envolvida.
E vou parabenizá-la aqui no blog porque também tenho um outro causo de faculdade para contar e que diz respeito a esta data tão especial.

Não me lembro se estávamos no primeiro ou no segundo ano de curso de francês (o que significa que eu estava no terceiro ou quarto ano de faculdade, já que eu mudei de curso no final do primeiro ano), mas sei que a professora se chamava Cristina.
E, se não me engano, estávamos estudando verbos.

Parecia que iria ser um dia normal, que iríamos para as aulas, intervalo, final de aulas.
Mas... eu tinha levado um bolo (fiz ou comprei?) para cantarmos parabéns para a Simone.
Chamei os nossos amigos, encontramos uma sala vazia e fizemos a nossa festinha, com direito a cantar parabéns, foto e tudo (aliás, onde foram parar estas fotos??).
Estávamos tão contentes que resolver matar aula nem foi necessário, cabular era uma necessidade óbvia.
Depois de comer, fomos ao gramadinho em frente à faculdade. E, muito mais que felizes, subimos na árvore para tirar outras fotografias.
Na minha memória, a Simone estava com um agasalho branco e calça jeans meio clara.
Foi um dia muito bom.

Na aula seguinte, a professora, sentada à janela, após ter passado alguns exercícios:
"A gente estranha quando metade da classe não está presente, a gente pensa que pode ter acontecido alguma coisa... é estranho quando olhamos pela janela e vimos os nossos alunos em cima da árvore fazendo a maior algazarra".
É isso mesmo, a gente pisou na bola!
A copa da árvore que a gente subiu ficava bem em frente à janela da aula que estávamos matando, e a professora viu todo o alvoroço.


FELIZ ANIVERSÁRIO, SIMONE!!!

quarta-feira, agosto 01, 2007

Eterna noite sempre a primeira


Às vezes a gente tem que explorar um pouco a criança que existe dentro da gente.

A minha criança tem se inspirado em borboletas, porque borboletas são seres assim meio fadas, pueris, perecíveis, leves, flutuantes.

No meu jardim da fantasia, existem muitas borboletas que pousam em orquídeas. Existem peixes que voam, três luas que iluminam a noite com clarão prateado. E paredes de água que escorrem do céu.


Eu não sou besta para bancar onda de herói

Se não houvesse o prazo, se não houvesse a pressão, se a gente tivesse tempo de fazer tudo o que a gente gostaria, se tudo o que pudesse nos realizar estivesse ao alcance de nossas mãos, mesmo que a um esforço, mesmo que a um custo, quão mais fácil seria, hein?
Nem tudo nos leva a um fim, nem tudo constrói. Às vezes a luta é para apenas pagar contas.
Ou quase pagar as contas.
Abocanhamos um bocado de ar e voltamos a mergulhar. Afinal, a vida tem que continuar...

À noite, pelo menos, dá ainda para dobrar uma dezena de tsurus e tornar o cesto um pouco mais colorido...

segunda-feira, julho 30, 2007

E eu só tenho o Zé para consolar

Ontem abri a janela do quarto e me deparei com uma surpresa: o mar invadiu a praia toda de São Vicente!
Quando descemos para dar uma caminhada, constatamos que a maré invadiu a rua, levando sujeira e areia para as calçadas.
Os pedestres andavam atônitos, aglomerados, observando as águas adentrando na cidade. E águas muito sujas por sinal.
Não preciso nem dizer que parte do calçadão desmoronou, e parece que todo ele agora está em perigo...
Puxa! Imagine daqui a 10 anos, quando o aquecimento global causar uma alta ainda maior da maré, do nível do mar...
Vai ser um prejuízo e tanto para as cidades litorâneas. E não só economicamente falando...
Ontem senti falta da minha máquina fotográfica para registrar este acontecimento...

domingo, julho 22, 2007

De tanto levar flechada do seu olhar

"Certamente, nada disso é importante: o mundo pode muito bem passar sem a literatura. Mas pode passar ainda melhor sem o homem"

Sartre, Que é a literatura?

sexta-feira, julho 20, 2007

No horizonte a linha do oceano

Hoje aconteceu algo sensacional!
Eu e o Márcio saímos para dar uma voltinha no calçadão.
Após comprar um refrigerante, fomos sentar nas pedras para admirar o mar por alguns instantes.
Assim que sentei na pedra, vi algo na água com a impressão de ter sido uma tartaruga. Mas logo me corrigi: poderia ter sido um saco de lixo, um peixe talvez. Alguns minutos depois, olhei de novo para o mesmo lugar e lá estava ela! Era uma tartaruga mesmo!!
Eu e o Márcio ficamos ali durante uma meia hora e observamos uma dezena de vezes ela aparecer na superfície. Houve um momento em que o Márcio viu uma outra, menor, essa eu não vi.
Até encontrei uma foto na internet bem parecida com a que vimos. Apesar de ela ficar só alguns segundos à mostra (e a água é tão barrenta que a gente só via quando ela se emergia toda), reparamos nos lindos desenhos na cabeça.
Fiquei muito feliz! Quem diria, em plena praia de São Vicente!
Espero que ela não fique com tosse por nadar no meio de tanta porcaria! (risos).
Emocionante.

quarta-feira, julho 18, 2007

Da manga rosa quero o gosto e o sumo

"Vitamina C pouco faz para combater resfriados, segundo estudos"

Apesar de estar desmistificado de vez que a vitamina C não ajuda a prevenir a gripe, seu consumo pode ajudar contra outras doenças, inclusive contra o câncer (aliada a uma dieta balanceada com outros nutrientes). O recomendável por dia é de apenas uma laranja. Bem mais barato que as vitaminas na farmácia!


segunda-feira, julho 16, 2007

São Jorge, por favor me empresta o dragão!


"Com certeza, a arte de dobrar papéis é uma das formas de arte japonesa mais tradicional que significa : ori = dobrar, kami = papel ; por isso muitas pessoas se referem ao Origami como Dobradura." http://br.geocities.com/japao_anime/origami1.html


Para quem tem dificuldades de concentração (como eu), sofre de ansiedade (como eu), procura um meio de relaxar (como estou sempre fazendo), o origami é uma boa pedida.

Eu tenho feito um pouco e descobri que além de sentir um efeito positivo em mim mesma, vi que o mesmo efeito pode se estender a outras pessoas, porque um origami é um presente adorável que todo mundo gosta.

Meu primeiro origami foi o tsuru, um modelo de pássaro que tem até uma estória própria. Aos poucos a gente vai adquirindo habilidade e fazendo um origami mais legal que o outro. E quanto mais colorido o papel, mais mágico o resultado!

Agora que estou procurando outros modelos, estou verificando que a gente se diverte com alguns mais que outros.

Vou dar a dica de um site bem legal:


sexta-feira, julho 13, 2007

Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida


Que bom tomar um solzinho, né, cachorrão?
Neste frio, qualquer solzinho que aparece a gente comemora. Ontem tive que andar de gorro o dia inteiro, que estava um vento gelado...
Hoje que já está mais quentinho, fico até mais contente.
Cachorrão esperto, é bom tomar sol.
É bom dar uma descansadinha.
Para tudo deve existir um tempo. O tempo de correr, o tempo de trabalhar como um cão, o tempo de beber água, o de comer uma boa comida, o de se sentir feliz e olhar as estrelas (mesmo que seja só na imaginação), o de relaxar.
Nosso corpo é sagrado, né, cachorrão?
A gente precisa cuidar muito bem dele.

quinta-feira, julho 12, 2007

Eu também quero beijar!


Esta foto eu tirei neste fim de semana na casa de um amigo: é a flor do maracujá. Lindíssima, não? E o fruto é uma delícia... hum... adoro maracujá.


A fruta que eu mais gosto é o morango. Gosto de maçã fuji, de pêra nacional e portuguesa, de melão todos principalmente o orange, gosto de banana maçã, de uva moscatel, de carambola, de abacate mesmo com sal, de mamão papaya, de manga hayden.


Eu adoro salada de frutas, por mim comia todos os dias... é uma pena que nem sempre dá.

Gosto muito de frutas na comida.

terça-feira, julho 10, 2007

Staying alive


Ontem eu estive com duas pessoas muito especiais, pois além de serem humanos maravilhosos e terem compartilhado comigo uma época muito bonita, muito difícil, muito feliz e muito triste de minha vida, são amigas sinceras e amáveis, daquelas com quem a gente se sente à vontade mesmo depois de passar bastante tempo sem ver.

Na primeira impressão, eu senti um pouco falta de uma alegria menina que a gente tinha e que a vida trata de esconder da gente através das decepções que a gente vai tendo no decorrer do caminho.

Parece que a gente teve que colocar na nossa primeira necessidade uma certa agressividade para defender os nossos princípios, as nossas coisas, a nossa família, o nosso corpo. Esse mundo, que às vezes não tem nada a ver com nossos desejos, sentimentos e maneiras de entender o universo, acaba tentando nos machucar e até nos machucando de vez em quando.

O incrível é descobrir que, apesar dos pesares e dos apesares infindos, muito de nossa essência continua ativa, intensa, colorida, com fé, inusitada, incomum, feroz, espontânea, sorridente, mágica. E é por isso que considero, a mim e a minhas amigas, o carácter de sobreviventes, revolucionárias.

Porque alcançar uma certa estabilidade, às vezes é um trabalho de Hércules. Pode ter aparência de coisa comum, de coisa rotineira, mas é resultado de mil anos de superação contidos em 10 anos.

A sensação de não ter novidades a contar é uma coisa muito boa. Muito boa mesmo. Isso significa que a gente tem vivido com muita naturalidade. Sem terremotos.

Se antes choramos cada uma no ombro da outra no passado, apertando as mãos e trocando palavras de coragem e consolo, hoje podemos cantar e dançar uma vitória. A vitória de administrarmos a nossa vida do jeito que bem entendemos, mesmo com as incessantes limitações que sempre encontramos.

Estou muito feliz, hoje. Muito orgulhosa de minhas amigas.

Eu reconheço em mim a força de leoa que tenho quando vislumbro a força de leoas que há nelas.

Chorei.

domingo, julho 08, 2007

E quem mais chegar


Eu só quero chocolate

Hoje não vou escrever, não.
Vou recomendar um blog maravilhoso que visitei hoje: http://nosquatrocantosdomundo.blogspot.com/

Gente, reparem as fotos maravilhosas, nos comentários detalhados, eu me senti viajando para lugares muito agradáveis!!!
Vale a pena conferir...

sexta-feira, julho 06, 2007

O pato pateta pintou o caneco



Outro dia vendo televisão, na propaganda, com voz de criança e em tom de quem está pronunciando a coisa mais sábia do mundo:

"Descobri que determinação é levantar mais vezes do que cair..."

Mas a lógica da minha matemática me indica:
Cair uma vez... levantar.
Cair uma vez... levantar.
Cair uma vez... levantar.

Como se pode levantar mais vezes do que cair???

quarta-feira, julho 04, 2007

Vamos fugir deste lugar


Hoje eu cheguei em casa sedenta de uma palavra de tranquilidade!

Meu, São Paulo está muito caótica, cruz credo!

Peguei muito trânsito...

E é tão frustrante quando um carro de polícia ou uma ambulância passa pela gente (tão comum, tão cotidiano ver sirene na rua) e ninguém dá passagem! Hoje eu vi um carro cortando a polícia. Realmente cada vez mais o fim da picada esta cidade.

Bom para quem pode ficar em determinados lugares e não precisa passar nas piores conglomerações...

Mas para quem precisa...


T R A N Q U I L I D A D E ! ! ! ! ! ! ! !

EU QUERO IR PARA O MEIO DO OCEANO!!!!!

quarta-feira, junho 27, 2007

Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão

Texto fictício:

"Meu nome é Margarida e sou alcoólica. Estou livre de crises há quase 10 anos. Acho que tenho dentro de mim um leão que sossegou. Sempre penso que, se eu não tivesse parado de beber, minha vida seria completamente diferente. Imaginem só, como o meu organismo estaria, 10 anos depois. Eu provavelmente estaria mais doente. Talvez tivesse me machucado mais do me machuquei algumas vezes, talvez tivesse ido ao hospital muitas e muitas outras vezes. Talvez tivesse acontecido o pior. E um monte de coisas boas que estão acontecendo na minha vida talvez não tivessem se realizado. Talvez eu não tivesse terminado a faculdade. Bem provável. Mas não deixo de pensar naquela que eu poderia ter sido. Porque se eu não me cuidar, aquela que eu poderia ter sido pode voltar, ela está logo aqui do meu lado. Portanto, para cada pensamento destrutivo que eu tenho, engajo dez ações construtivas. Por exemplo, compro um bichinho de pelúcia e o abraço com muito amor. Quando eu era criança, não dava a mínima para os ursinhos de pelúcia, achava-os sem graça, até ridículos. Hoje eu os venero. Para mim, foi tão bom ter encontrado a bebida. Eu era tímida, não sabia como falar com as pessoas, não sabia viver, estava tão desabilitada, tão inadaptada. A bebida me permitiu ter amigos, até namorados, me permitiu ter coragem e um monte de coisas que eu não sabia que eu tinha. Entreguei-me de corpo e alma para o amor ao sabor ardido que me embriagava. Mas o pacto é à custa de um preço muito alto. Eu chorei muito por muitas coisas que aconteceram comigo, porque eu não estava lúcida. Às vezes choro, ainda, porque me sinto triste com algumas coisas que aconteceram na minha vida. Alguns benefícios de um lado, do outro a falta de lucidez me roubou muito de mim. Mais do que poderia, mais do que eu aguentava. Tão difícil parar de beber. Tão difícil sobreviver. Mas eu sei que posso. Tanto quanto eu posso rir alcoolizada, posso muito mais sem estar. Porque minha alegria está bem aqui dentro de mim. Sofrer uma adicção é como nascer como uma espécie de maldição. Um tipo de feitiçaria mesmo. E o antídoto é a mente sã. Para cada pensamento auto-destrutivo, dez ações construtivas. E assim vou vivendo. Um dia de cada vez".

sábado, junho 23, 2007

A melhor banda de todos os tempos da última semana

Os melhores posts de todos os tempos (pelo menos deste blog!).


Nos dias que eu não tenho tempo de escrever novos posts, recomendo alguns textos que escrevi faz tempo e que considero muito legais! Para facilitar, vou selecionando os posts mais legaizinhos. Ficarei muito feliz com a visita de vocês, meus queridos leitores.



Março 2006
Como música faz falta em nossa vida
Uh, uh, uh, que beleza!!!!
Carta dum contratado
O sonho é meu e eu sonho que deve ter alamedas verdes
Eu sei que a vida pode ser bem melhor e será
Dom dom dim, dim dim dom, uo uôôô

sexta-feira, junho 22, 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

Quando os homens se entenderem

Esses dias estive pensando muito sobre a palavra SUBLIMAÇÃO.
Quantos de nós já se sentiu assim além do que consegue pensar e sentir?
É uma sensação tão boa.
Hoje em dia a gente vê verdadeiros códigos de condutas em campanhas institucionais ou particulares, coisas tão simples que nem seria preciso falar, mas que é necessário convenver. Por exemplo: conduta ecológica no dia-a-dia, conduta cívica, conduta solidária, conduta ética. Nada disso teria que ser dito, mas vivido naturalmente. Mas o princípio primitivo atua mais fortemente no homem. Até mesmo viver sem fazer o mal, mas sem se importar com ninguém além de si mesmo, já é lamentável. A gente não lamenta quando alguém abre o vidro da janela do ônibus ou do carro e joga fora algum lixo, muitas vezes reciclável, como garrafa ou latinha? E nada de pensar que essas atitudes são fruto da pobreza, porque não é difícil ver um carrão (mais caro que um preço de uma boa casa) fazer isso.
O que seria papel da arte, da cultura, da religião, da educação, da família, mostrar uma possibilidade sublimada de vida, parece não atingir o seu objetivo nem de longe.

Mas ainda bem que existe a sublimação. Dá uma esperança a mais, uma alegria a mais, um sentido a mais, um sonho a mais, uma certeza a mais, um caminho a mais, mostra-nos que é possível saber o que é felicidade, apesar.

terça-feira, junho 19, 2007

Um belo dia resolvi mudar


Ah... nada como tomar uma xícara de café bem gostoso depois de um dia de trabalho.
Se estiver passando o filme "O pagador de promessas" na televisão, melhor ainda! Ô, filminho bom pra caramba!!!!

domingo, junho 17, 2007

C'est fini la poesia, mas a guerra todo dia, dia a dia, não


Vocês se lembram daquela época, quando chegava uma hora da noite, a televisão simplesmente saía do ar?

Às vezes ficava só o chiado, às vezes apareciam listras coloridas, às vezes ficava tocando uma música...

Como imaginar uma coisa dessas nos dias de hoje?
Imagine ficar com insônia sozinho na escuridão...

quinta-feira, junho 14, 2007

Vem Kafka comigo, la cucaracha


Mais um causo dos meus tempos de graduação.


Estávamos, eu e Simone, na faculdade de Letras, à noite (toda estória de terror que se preze tem que ser à noite, e se for na usp, pior ainda!), ao final de uma aula. Os corredores já estavam vazios.

Entramos no banheiro. Enquanto Simone foi à casinha, eu fiquei me arrumando no espelho, e conversávamos descontraidamente. De repente, entrou uma barata enooooooorme e voadora!! Eu queria gritar "uma barata!", mas só o que conseguia fazer era abrir a boca e proferir:

AHHHHHHHH!!!!!!!!!!

Pior é que a barata ficou voando em círculos, e eu não conseguia nem chegar à porta para sair. Estava encurralada. Passado algum tempinho, Simone saiu da casinha e juntas iniciamos o coro:

AHHHHHHHH!!!!!!!!!!

A barata não parava de voar!

"Vou tentar jogar o meu sapato!" "Cuidado!" "Vixe, Maria!" "A faculdade está vazia, ninguém vai nos escutar!" "Vamos esperar um pouco para ver se ela pára de voar!"

Assim que dissemos esta última frase, saiu uma outra garota de uma das casinhas, com um tamanco na mão e matou a barata: "POW!!". Não sei o que mais me assustou: se a barata em si, a menina que saiu de surpresa (imaginava que não tinha mais ninguém por ali), se a barata sendo estatelada por um tamanco.

Após a resolução, descobrimos como cada uma tinha passado pela situação:

Eu, que naquela altura ainda tinha fobia de barata, não conseguia pronunciar palavra. Apesar de ver a realidade, não conseguia reagir a ela;

A Simone, que, ouvindo os gritos e não sabendo o que estava acontecendo, imaginou que tinha entrado um tarado no banheiro e estava pronta para sair da casinha e esbofetar alguém;

A outra garota, que desde o início imaginou que tinha entrado uma cobra no banheiro, e só se convenceu de que não era quando ela ouviu a gente dizer que o "objeto misterioso" estava voando. Aí ela se tranquilizou porque não tinha medo de baratas.

Ou seja, fobia é foda, mesmo! (risos) Cada um, no seu momento de medo, pensa nas possibilidades mais assustadoras.

quarta-feira, junho 13, 2007

Eu estava à toa na vida


Isso já faz tempo, eu estava na graduação.
Fui convidada para algum evento com meus amigos. Não sei se festa ou o quê.
Mas não consegui carona, então tive que sair a .

Chegando ao muro do cemitério (o ponto de ônibus fica do outro lado), estava decidida a não contorná-lo, mas sim dar a volta por uma rua adiante porque é mais seguro e mais iluminado.
Mas percebi que uma garota entrou na rua do cemitério antes de mim. Resolvi acompanhá-la, apesar do receio (cemitério, à noite, não é por nada, mas alma penada é fichinha perto dos mal-encarados que a gente pode encontrar no meio do caminho).
A menina logo à frente, eu há uns poucos passos, prestando atenção a tudo. Aparentemente, a rua estava deserta.

De repente, escuto passos atrás de mim!

Friozinho no estômago!

Andei um pouco mais depressa.
Logo a menina da frente começou a andar no mesmo ritmo que eu.
Mas os passos atrás de mim começavam a se aproximar!
Resolvi andar um pouco mais depressa.
A menina da frente também.
Logo eu já estava correndo, esbaforida! A menina da frente, de salto e tudo, mesma coisa!

Ai, que medo!!!!
Quando a menina da frente chegou na avenida, movimentada e cheia de gente, parou e olhou para trás.
Olhamo-nos.
Quando cheguei onde ela estava, olhei para trás.

E vi uma outra garota com a mesma expressão apavorada que a gente.
Não, não era nenhum tarado atrás de nós! Ainda bem!
Eu me assustei com a menina que vinha atrás de mim, a da frente se assustou comigo, e a de trás, vendo a gente correndo, imaginou que estava acontecendo alguma coisa e saiu em disparada.

sexta-feira, junho 08, 2007

Pode vir quente que eu estou fervendo


Não é de hoje que a gente vê tanto na televisão quanto em outras mídias propagandas de mau gosto.

.
.
.

.
Pior é quando as propagandas chegam a ofender as pessoas.
Com desculpa esfarrada de que não têm a intensão de ofender, apenas de divertir humoradamente, as empresas tiram barato das pessoas, até mesmo de entidades, e ainda ganham ibope, aumentando o lucro. De maneira nada ética. Lembremos que até mesmo piadas racistas não têm em princípio o objetivo de ofender, mas nem por isso o deixam de ser repulsivas.

Se por um lado há liberdade de expressão, e não vale proibir o que será divulgado, também não se pode perder o bom senso e o respeito.

Por causa disso, eu vim hoje divulgar o Conar.

Não é um órgão de censura, mas que avalia as condições das propagandas publicitárias, verificando, através de denúncias inclusive de consumidores, se não está havendo falsidade ideológica, abuso, ofensa, enganação. E o Conar, constando que uma propaganda é imprópria, pode suspendê-la (por exemplo, recentemente, a Peugeot foi desvinculada da televisão por mostrar uma atitude imprópria contra a "sogra").

"O CONSUMIDOR GANHA ALGUMA COISA QUEIXANDO-SE NO CONAR?
Sim. No exercício de sua cidadania o consumidor, denunciando o anúncio que eventualmente o tenha prejudicado ou ofendido, impedirá que outros consumidores venham a sofrer os mesmos impactos negativos e contribuirá para o aprimoramento da propaganda brasileira, de forma a impedir que anúncios de má-fé, enganosos ou abusivos venham a prosperar impunemente". (
http://www.conar.org.br/)


Participe! Denuncie! Divulgue!
Por uma sociedade mais livre. Mais ética. Mais feliz.
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/
http://www.conar.org.br/

quarta-feira, junho 06, 2007

Ora, vejam só!

Não é de hoje que reclamo do frio. Nos últimos invernos, a barra tem sido pesada para mim. O que sempre estranhei, porque não me lembro de ser assim tão difícil quando estava na escola ou mesmo no curso de minha primeira graduação.

Ontem descobri que sou mais uma vítima da "depressão sazonal".
E, ao contrário do que muita gente pensa, essa depressão (ou seja, falta de vontade de fazer as coisas, mais tristeza, alteração de humor e apetite, necessidade de dormir mais, pouca resistência ao frio, entre outros sintomas) não é ocasionada pelas baixas temperaturas.
Estive pesquisando na internet e descobri que principalmente mulheres entre 20 e 30 anos, até os 40 mais ou menos, podem diminuir a produção de alguns hormônios por causa dos dias mais curtos e menos exposição à luz.

Como uma plantinha que murcha nas sombras.

E o tratamento inicial é feito justamente com fototerapia. Aumentar a luz do quarto e da casa, ficar ao sol sempre que possível, enfim, fico feliz só de pensar nos benefícios que estão bem aí pertinho de mim.
Para quem a situação fica mais difícil, tem até tratamento medicamentoso. O que acho que não será o meu caso! Mas é sempre bom ficar de olho, né!

terça-feira, junho 05, 2007

Ainda lembro daquele beijo

O cachorrão estava todo enrolado, por causa do frio. O focinho no fiofó.
Passei por perto e, sem querer, deixei cair o talco em cima dele. Mas não foi só em cima dele: o talco caiu de cabeça para baixo, com a tampa aberta, e acertou em cheio. O cachorrão levantou a cabeça, com pontos de interrogação na cara.
__ Ai, desculpa, cachorrão!
Quando vi, não deu para não dar risada!
O fiofó todo branco de talco!!
Ficou cheirosinho, né, cachorrão?

domingo, junho 03, 2007

Zumbe besouro um ímã

Minha vó e suas brincadeiras dos tempos de menina.

As crianças todas em roda.

"Que pau que é esse?"

"É o pau de peroba".

"Que pau que é esse?"


Então a criança do meio:

"O veado quer sair!!!!!"

"O veado quer sair!!!"

E o coro em volta:

"Pode sair..."


Aí a criança escapava por entre as outras e saía em disparate, todas a perseguiam.


"A senhora já foi o veado?"

"Ah!" - disse ela rindo, possivelmente com o mesmo sorriso sapeca desde sempre. "Eu já fui o veado!"