segunda-feira, maio 07, 2007

Vida louca


Antes de ontem eu sonhei com assalto, ontem eu presenciei um assalto. Não houve nada de mais grave: um moço abordou um senhor, arrancou-lhe a corrente, não machucou por sorte, foi embora sem deixar saudades. Mas mesmo assim a gente fica abalado com o que vê, pensa no que poderia ter acontecido. Ruim mesmo é o sentimento de impotência. Fazer o que, se a melhor reação é não reagir?

Chamamos a polícia logo em seguida. Encaminhamos o senhor para fazer o BO. Pelo menos tem este lado: a solidariedade das pessoas da rua que vieram ver o que estava acontecendo e deram um apoio.

Além do mais, o bandido teve trabalho à toa: a corrente que levou tinha custado apenas R$20. Não vai conseguir nada ao tentar repassar...

2 comentários:

Eu canto no chuveiro disse...

Nossa, Rô!

Anônimo disse...

Todo dia alguém tem uma história dessas pra contar. E isso é assustador. Eu mesma tenho algumas histórias pra contar. Felizmente nunca sofri nada além de perder os documentos e algum dinheiro... Não é todo mundo que tem essa sorte. O mundo anda violento, cada vez mais e mais. O negócio tá pegando até nas cidades pequenas.. A gente fica tentando encontrar caminhos, soluções... Como salvar as pessoas? As pessas que sofrem e as que cometem violência?? Cada vez mais nos fechamos, nos escondemos, nos guardamos e cada vez mais tudo isso vai piorando... Fico assustada quando ouço "tem que matar tudo, esse bando de filho da puta".. Também fico assustada com a violência dos assaltos, das ruas, das escolas, das pessoas em geral... A pobreza, o frio, a fome... E sangue, muito sangue... Parece uma luta sem fim... E daí surge um monte de gente... "Tem que mudar a maioridade penal...", "Tem que prender, tem que matar", "Cadeira elétrica neles"... E o mundo cada vez mais violento. De todos os lados...

E a gente segue tendo pesadelos, medo de sair na rua, medo, medo... Mas algumas pessoas não têm medo. A vida foi toda uma somatória de violências, que continuar vivendo ou deixar de viver acaba sendo a mesma coisa... Triste, muito triste. E há solução? Todas que eu conheço, que já ouvi, trazem sempre mais e mais violência...

Bjo. Camila.