sexta-feira, outubro 20, 2006

E aí, que bicho você é?

Com este frio em plena primavera (!) só há que se falar dos dias felizes que se passaram. Porque deste não tem muito o que dizer. E já estou farta de tanto reclamar deste tempo infernal.

Um sábado desses, por exemplo, fui com o Silvio a uma feira de jardinagem e paisagismo. Foi lá no Centro de Exposições Imigrantes. Aliás, eu e o Silvio sempre fizemos uns passeios meio programa de índio a vida toda.
A feira estava linda, mas o mais legal foi uma inesperada surpresa.
Quando estávamos indo embora, contornando o galpão, vimos aberta a porta da exposição que estava ocorrendo ao lado: espiando lá para dentro, pudemos conferir uma arena de areia, com placas de premiação (1o. lugar ao 5o.), um cercado com várias cabras e cabritos e ao fundo muitos bois e vacas.
Ah, tinha também uma loja de chapéus e artigos de couro.
Eu devia estar com uma cara tão encantada que o guarda se aproximou e nos convidou a entrar.
O mais engraçado é que quando nós estávamos chegando ao centro de convenções, sentimos um cheiro de esterco e nem imaginávamos que havia tantos bichos por ali. Concluímos que era cheiro de adubo, hihihihihi.
No fim era cheiro de bosta mesmo.
Vejam só que cena meiga: as cabras estavam balindo, olhando para uma mesma direção. Algumas até estavam apoiadas na cerca, só com duas patinhas no chão.
"O que será que elas estão querendo?" - fiquei pensando.
Foi quando vimos que estava estacionado ali um caminhãozinho de transporte de cabras.
Que interessante! As cabras já sabiam que iriam entrar no caminhão, por isso estavam tão ansiosas!
Tinham reações parecidas com as dos cachorros quando vão passear.
Então o funcionário começou a pegá-las no colo, uma a uma, para colocá-las no caminhão. Elas ajudavam com as patinhas e se colocavam rapidamente em algum lugar lá para dentro.
Achei o máximo!
Principalmente porque sempre tive uma idéia de bicho de pasto muito alienado do mundo, sem estímulos nem vontades... Como se esses bichos não tivessem a mínima idéia do que estivesse acontecendo em volta. Este dia me provou que eu estava completamente errada. As cabras realmente gostam de andar de carro. Sentem algum tipo de satisfação. Reconhecem coisas que lhe são apresentadas a seu universo.
Ah, eu estou cada vez mais apaixonada pelo mundo animal. Sempre me surpreende.

Até quando tive um peixinho beta, desses que ficam parados o tempo todo, percebi que se pode interagir com um peixe. Eu chegava perto do aquário, ele saía por detrás das pedras e ficava na superfície, vendo o que poderia acontecer (muito provável que esperasse comida hehehehe). Eu com o dedo provocava uma correnteza, circulando a água. Ele nadava na direção contrária... ah, ele era um barato.

Mas impressionante mesmo foi o tamanho dos bois e das vacas. Nossa, impressionante.
Tinha um corredor só de vaca malhada. Que pena que eu estava sem máquina fotográfica! Foi muito bonito de ver, muito emocionante também.
Os ruminantes por ali estavam com uma carinha bem amistosa. Devem ser tratados a pão de ló...
Mas merecem, não é verdade?
Só de serem assim tão lindos todos os animais deveriam ser super bem tratados!

E viva os bichos mais uma vez!

4 comentários:

Eu canto no chuveiro disse...

Rô, devia ter vindo mesmo! No fim das contas eu fui pra 25. Se vc fosse comigo ia ser maaaaaaaais divertido ainda! Comprei um montão de contas pra fazer pulseirinhas!

Eu canto no chuveiro disse...

Lembrei da Vanessa...

Vc acredita que um dia, no meio da aula, ela vira do nada pra mim:

- Joana, você sabia que eu já tenho sete cabeças de gado???

Eu canto no chuveiro disse...

Ai, menina, tu me faz chorar com esses seus "comments", viu? Uma das coisas mais lindas que eu já ouvi na vida.

E eu agradeço taaaaaaaanto por ter na minha vida uma pessoa linda assim como você.

Anônimo disse...

Bastante poetico, devo confessar. Mas eu, se fosse a cabrita, eu nao estaria nem ai para o passeio de carro, eu ia querer entrar no caminhao pra chegar em casa logo mesmo!!! Sair do meio de gente (bicho fedorento esse tal de homem, credo!). hahahaha

Mada