sexta-feira, maio 05, 2006

Alma, deixa eu ver sua alma, a epiderme da alma, superfície

"Catarse - Termo utilizado por Aristóteles em sua Poética como objetivo final da tragédia. A palavra já era empregada na religião grega para indicar a purificação prévia e indispensável de um ritual olímpico; na medicina, como purgativo de humores maléficos e, na filosofia pitagórica, como retorno ao equilíbrio espiritual pela audição de música. No teatro, passou a significar o reconhecimento do "terror", experimentado pelo herói trágico (a ameaça à sua condição humana) e da "piedade", a aceitação de seu destino. É uma forma de conhecimento pela dor, cuja experiência conduz à purificação, ao alívio das tensões e à renovação moral. O reconhecimento das situações (anagnorisis), provocado pela catarse, cumpriria o papel, ao menos teoricamente, de transformar a ignorância em conhecimento, além de ser uma das fontes do prazer estético, na medida em que esta sensação é passível de ser recolhida diante do espetáculo oferecido pelo 'outro'."
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"Catarse é o método que visa a eliminar perturbações psíquicas, excitações nervosas, tensões, angústia, através da provocação de uma explosão emocional ou de outras formas, e baseando-se na rememorização da cena e de fatos passados que estejam ligados àquelas perturbações. Ajuda o indivíduo a obter controle emocional e a enfrentar os problemas da vida. De acordo com Aristóteles, a palavra catarsis significa 'limpeza da alma'."



"Aliás, a catarse está ligada intimamente ao início da Psicanálise de Freud."
"Essa memorização e essa descarga emotiva tem efeito purificador, livrando a mente do indivíduo do problema, ou seja, trata-se de uma purificação que traz cura - daí a denominação de método catártico."
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"Poética: mimese e catarse. Mimese recriar as coisas segundo uma nova dimensão, baseado nas
possibilidades dos seus desdobramentos. Catarse é a purificação das paixões possível através da tragédia e a música, encaminhando-nos assim à libertação e ao nosso bem maior: a felicidade."
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(Rosely que chora que nem louca e depois ri que nem louca ao ver uma cena qualquer, se sentindo muito aliviada em sua alma sem ao menos saber no que ou por que)
Imagem: escultura de Camille Claudel

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